"Repele as questões insensatas e absurdas, pois sabes que só engendram contendas" (2 Timóteo 2:23).

Que casal gosta de contendas? Que casal gosta do lar onde a paz e a harmonia são raras? É desnecessário se fazer pesquisa para obter uma resposta. É claro que todos responderiam com um grande "não". Nesse caso, precisamos ser mais criteriosos quanto ao tipo de assunto e palavras que estamos cultivando com nosso cônjuge. Muitas vezes, o cônjuge, após um dia inteiro de trabalho, seja desempenhado em casa ou fora, desabafa dizendo que está muito cansado, esperando, de alguma maneira, receber atenção e apoio. Como geralmente ignoramos as dificuldades que o próximo está sentindo, agimos sem a menor sensibilidade. Primeiramente, lançamos um olhar de alto a baixo carregado de mensagens de reprovação (pode ocorrer de nosso olhar ser mais ferino que nossa língua); em seguida, algumas palavras são ditas: "Cansado de quê?! Você lamenta demais!" Decepcionado com o tipo de resposta que obteve, a defesa surge de imediato: "Eu não acredito que esteja ouvindo isto! Eu queria, realmente, que estivesse em meu lugar para saber o que estou sentindo". Nesse momento, os cônjuges já estão dentro do campo das questões insensatas e absurdas e o que surgirá daqui para frente são mais e mais contendas. Depois de cinco minutos de conversa, não sabemos nem mesmo onde está o fio da meada, mesmo assim, continuamos defendendo insensatamente nossas idéias absurdas. Alguns minutos depois, como um esgrimista procurando atingir o coração do oponente, usamos palavras cuidadosamente selecionadas para atingir um ao outro: "Você é insensível, já suspeitava que não podia contar com você, pois é estúpido, não e a primeira vez que agiu assim e nem será a última; de agora em diante não contarei mais minhas dificuldades". O outro, que também sabe usar a palavra muito bem, para magoar, põe mais tempero no assunto que já está bastante picante: "Falei dessa maneira para ver se aprende a suportar as dificuldades da vida. Você é muito melindroso. E outra: o que eu falei demais para ficar assim?" Os casais precisam descobrir esta sabedoria: "0 bater do leite produz manteiga, e o torcer do nariz produz sangue, e o açular a ira produz contendas" (Provérbios 30:33). Esse tipo de situação descreve, perfeitamente, que esse casal precisa viver na presença de Deus. Quando um casal aprende a viver na presença de Deus, ele geralmente considera o que vai falar. Ele simplesmente não abre as comportas do coração corrupto e egoísta para verter palavras frívolas. Tudo teria acontecido diferentemente se as palavras: "Cansado de quê" tivessem sido, antes, levadas ao Senhor. Certamente, Aquele que conhece o coração do homem teria indicado outra forma de abordar, uma forma diferente de expressar o sentimento apropriado para aquela questão, que redundasse em compreensão e apoio. "0 olhar de amigo alegra ao coração; as boas-novas fortalecem até os ossos" (15:30). Tudo teria acontecido diferentemente se as palavras: "Eu não acredito que eu esteja ouvido isto..., você é insensível" também tivessem sido, antes, levadas ao Senhor. Certamente, Aquele que conhece a natureza humana e a dificuldade que ela tem de sensibilizar-se teria indicado um caminho totalmente novo. “A longanimidade persuade o príncipe, e a língua branda esmaga ossos" (25: 15). Precisamos aprender a repelir as questões insensatas e absurdas; caso contrário, nossa vida conjugal estará em contínuo sofrimento. Busquemos o Senhor antes de levantar qualquer questão ou reagir a qualquer situação para vermos se o assunto que vamos desenvolver não está dentro da lista dos assuntos insensatos e absurdos e, se for o caso, o repilamos.

Fonte: Jornal Árvore da Vida